O Ser Criança

A criança é a pura consagração da vida. O futuro da humanidade está depositado em cada geração que nasce e cresce para dar continuidade a vida. Como se fosse mágica, num pulo de crescimento deixará de
ser personagem infantil e se tornará adulto. Logo, sua natureza vivida com valores morais, respeito ao próximo, obediência a Deus e aos seus pais, aliado a uma boa educação, certamente ela será um bom fruto quando crescer. Ou, por razão das cicatrizes adquiridas no decorrer da vida, perder-se-á o sorriso inocente, porque as prioridades mudam de acordo com a luta pela sobrevivência, pela imposição social, ou se torna o adulto sufocado pelos desejos, deveres e obrigações da vida cotidiana.

A criança tem um crescimento rápido e esse fator quando paralelo à ganância insaciável por riquezas tende a perder aos poucos a inocência e a alegria infantil, substituídos paulatinamente pelos desejos  materialistas incutidos nas mentes pela massificação do consumismo, das vaidades, egoísmo e desvios morais. 

Devemos ter a responsabilidade para preparar o mundo para as gerações vindouras cuidando principalmente das crianças. O adulto de hoje, enquanto foi criança, simbolizou a verdade, a felicidade, a inocência e a paz. Devemos preservar isto em nossos filhos e filhos dos nossos filhos para que jamais percamos a esperança na humanidade.

A infância deve servir, inclusive, de espelhos para nós adultos percebermos que embora estejamos sempre em busca da felicidade, perdida com o amadurecimento às vezes precoce,  podemos deixar de olhar para uma criança brincando inocentemente e não tentamos melhorar nosso ser se espelhando nela para resgatar aqueles momentos de simplicidade de nossa época de criança. 

Nós adultos somos àquela criança que já cresceu e que um dia foi o símbolo de nossa própria felicidade, fruto  da inocência que só desejava brincar e correr livremente. Infelizmente a ingenuidade se esvai na medida em que se conhece o mundo e as pessoas que nele vive. 

Segundo Albert Einstein, “O estudo, a busca da verdade e da beleza são domínios em que nos é consentido sermos crianças por toda a vida”.